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Um Olhar Além do Olhar
 

Poderia começar este pequeno texto apenas descrevendo, analisando ou redefinindo com críticas as obras apresentadas pelo artista Nilson Sato nesta individual realizada na Casa do Olhar Luiz Sacilotto. Não se trata aqui apenas de dissertar sobre os domínios pictóricos das obras, mas de atiçar a percepção adormecida da nossa memória cada vez mais dilacerada pela velocidade das informações efêmeras adquiridas através da tecnologia atual.
Porém, aqui, Nilson Sato revela o seu manuseio pictórico. As figuras e seus gestos,

a linguagem e os hábitos dos movimentos corporais um tanto quanto óbvios do cotidiano

se redefinem de forma direta e natural os quais alimentam o imaginário não somente do artista mas também do público, pois a partir do momento em que as obras são expostas elas estabelecem uma relação compartilhada e desembaralhada sobre esse vício do nosso olhar. Nas pinturas de Nilson Sato essa cor raw se familiariza com outros aspectos além de nuances humanos, coisas que são ignoradas no cotidiano, mas que aqui são protagonizadas graças ao poder imaginário que a proposta expositiva nos oferece.
As figuras humanas e objetos que surgem no meio dessa cor “crua” nos fazem indagar se há uma alusão a seres extraterrestres ou personagens robóticos. Num simples jogo de luz existe 
a provocação de alimentar um enigma visual perdido no nosso inconsciente, entre outras sensações ainda a serem decifradas, numa atmosfera de imersão pictorial. Essa condição pictórica parece desafiar a tradição fotográfica, dentro de um fraterno duelo com frames do cinema contemporâneo, sem apelar aos discursos saturados sobre o vazio e o silêncio, sendo essas equações constantes nos repertórios preferidos pelos artistas em geral. Aqui as obras de Nilson se aludem ao estranhamento em torno de uma ação alheia e óbvia das “poses aleatórias” de cada indivíduo e de elementos da paisagem. O fator pictórico perdura na conquista, no desejo, na insatisfação, na dúvida daquele sujeito desconhecido ou não, essa cena que parece congelar de forma mais “crua” possível em cada um de nós, talvez

uma ignição para um outro olhar. #raw...
 

Texto de Claudio Matsuno para a exposição RAW [exp. individual]

28 de outubro a 25 de novembro de 2017





intro

 

A poesia é o grau supremo da verdade, é também o lugar do mistério, do "claro enigma".

A espessura poética dos trabalhos recentes do artista Nilson Sato nos dá prova da vitalidade e da versatilidade que a pintura ainda é capaz de alcançar. A pequena coleção de obras exibida na Pinacoteca Municipal de São Bernardo realiza uma síntese expressiva de um percurso artístico lastreado num cotidiano de trabalho pautado no rigor técnico a serviço de um lirismo denso e contido. As pinturas e desenhos que resultam dessa rotina têm como característica a economia de recursos expressivos em favor da máxima densidade poética. Penetrar o universo que o artista nos apresenta é, num certo sentido, aceitar o desafio, às vezes insuportável, de encarar a solidão e o desamparo humano nos dias que seguem e para, além disso, submergir nessa atmosfera repleta de símbolos que velados ou não, discorrem sobre a própria pintura e o seu fazer. Os elementos representados nessas pinturas são tão significativos quanto é detalhado o tratamento que o artista dispensa as texturas que são próprias a esses objetos, esse cuidado esmerado resulta num efeito quase hipnótico, pois, nosso espírito é levado a considerar toda beleza contida no mais banal dos objetos, todo o inusitado da mais corriqueira das cenas. Este é talvez, o maior apelo dessas obras: elas solicitam de nós que as contemplamos o que temos de melhor, elas exigem nosso silêncio.
 

Texto de Claudinei Roberto para a exposição intro [exp. individual]

05 de março a 02 de abril de 2016





0,1 s

 

São muitas palavras, frases, citações e outras definições ou argumentos congêneres que

nós nos deparamos nos textos de catálogos e folders de exposições, sejam elas de mostras históricas, antológicas ou de artistas atuais. Poderia simplesmente escrever mais um "plágio" de tantas outras inúmeras descrições sobre as obras de artistas, utilizando "jargões" acadêmicos quase indecifráveis, mas creio que esse não é o meu intuito neste meu breve texto a seguir. O paulistano Nilson Sato, além de um grande amigo e colega de profissão, é um artista cujas produções venho acompanhando convictamente, sejam elas de desenhos, pinturas, fotografias e outras experimentações novas como vídeo e desenvolvendo há quase instalação que ele década. Essas vem uma experimentações novas revelam no atual conjunto de pinturas uma associação muito próxima ao cinema, em especial ao filme Sob a Pele dirigido pelo diretor britânico Jonathan Glazer que tem como protagonista a atriz Scarlett Johansson. Sob a Pele chegou ao meu conhecimento através do próprio Nilson que me apresentou o filme, e levado pela curiosidade resolvi assistir por completo pelo menos duas vezes. Não vou prorrogar descrevendo a sinopse do filme, já que esta não é a razão principal deste texto, mas sim de exprimir conexões inconscientes ou não, presentes tão intensamente entre essas duas artes, e o que ela alcança para comunicar público. No filme existem algumas características que nos desafiam em duvidar do que é real ou fictício, mas até onde sabemos a diferença entre essas duas definições, tanto a realidade ou a ficção, podem ou não existir. Esta "dualidade" gerada seja talvez o mote da reflexão na qual vejo tão evidente nas recentes pinturas de Nilson Sato, as ações como elas são, sem maquiagens ou enganações fúteis. Tomamos como exemplo as drásticas e até cômicas mudanças nos corpos presentes nos humanos realizadas pelas cirurgias plásticas tão presentes nos dias atuais. Será que nesses corpos existe uma "alma" de um estúpido alienígena? Certamente é desnecessário responder a este tipo de pergunta. Na série de pinturas intituladas Raw, de Nilson, as questões acima são inexistentes, não há discussões deste ou aquele acontecimento específico, mas o simples ato de congelar o efêmero instante, assim como o artista descreve em "...capturar o estado natural" daquele momento. Ali, não há tempo para gritar "Luz, câmera, ação..." como no cinema, vejo esta “crueza" na perspicácia do artista no momento de registrar aquele determinado instante, registrada em fotografia e transportada no plano pictórico, ali existe mais do que o ato de registrar, existe a força intuitiva do artista para aquele momento não programado, como se fosse a última imagem captada depois do piscar dos olhos para nunca mais presenciar a mesma cena, antes efêmera, sendo agora eternizada, esta no sentido mais belo do âmbito da palavra. Na produção de Nilson Sato não existe uma vácua celebração da pintura, existe uma ação efetiva, genuína sem "ajustes" desnecessários que empodrecem a arte que nos deparamos com frequência nas produções afora tentando enquadrar em categorias ou modalidades. As figuras, as cenas escurecidas com algumas luzes, os personagens ali presentes na pintura podem então ser reais ou fictícios, sim e não, agora isso não mais importa, pois a ação já passou e o que fica é o prazer de imaginar, refletir, brincar, deduzir, recontar uma história por cada observador, como também presenciamos

essa atmosfera no filme de Glazer, pois ali não existem. "graças a Deus", leis para definições, devendo deixar esses decretos nas enfadonhas páginas de livros jurídicos.
 

Texto de Claudio Matsuno | novembro de 2014





E o tempo permanece à nossa volta

 

Numa das pinturas apresentadas nesta mostra um par de mãos, num gesto singelo, estende uma linha. Não vemos o rosto da personagem que realiza o gesto, nada sugere ação anterior ou posterior a essa que descrevemos. A pintura plana, desprovida de qualquer ornamento cosmético organiza a composição que imanta nosso olhar para essa linha esticada pelas mãos de uma mulher que ali é representada apenas por esse detalhe de suas mãos, coisa comum às pinturas agora apresentadas: a parte fala pelo todo. Em volta dessa linha, um tempo suspenso, suspensão, não supressão, uma atmosfera de sombras que rescende a melancolia. Nisso há um parentesco entre a pintura de Nilson Sato e certa pintura metafísica praticada pelos italianos no após guerra, Giorgio Morandi, De Chirico, onde o tempo é uma realidade que não existe fora da pintura, daquelas pinturas. A trama pictórica criada por Nilson Sato mergulha-nos na sombra, raw, espécie de lama ancestral que cobre tudo com a pátina da memória e de onde cores, como espasmos fugazes emergem delicadamente. O artista numa série imediatamente anterior a esta fez uma crônica inquietante da vida na cidade onde paradoxalmente, a cidade, não estava figurada. Num sentido muito preciso a mesma estratégia se apresenta aqui nessa coleção nova de obras, dessa vez o tempo é o personagem cuja presença se faz notar sem que, no entanto ele esteja personificado por qualquer objeto que lhe faça alegoria (como nos italianos mencionados). Assim E o tempo permanece à nossa volta, eterno, imensurável, granítico, impassível ou finito, humilde e fugaz como nossas vidas.

O mesmo tempo que tem consumido o gênio de filósofos e artistas põe-se aqui em diálogo com o público num embate profícuo proporcionado pela verve poética de Nilson Sato, dialogo que será tanto mais proveito quanto for o tempo que a ele formos capazes de dedicar.
 

Texto de Claudinei Roberto para a exposição E o tempo permanece à nossa volta

[exp. individual] | 07 de agosto a 21 de setembro de 2014





Risco_#2

 

O olhar atento ao detalhe e às qualidades insuspeitáveis das coisas que nos envolvem é uma das características ligadas à ação criadora. Esse desejo de ver além do que ali está, ou além do que obviamente ali está, enxergar a potência oculta nos objetos, nos gestos, nas palavras, possibilitou não apenas o surgimento das linguagens artísticas como a expansão contínua de suas fronteiras.
A segunda edição do projeto Risco volta-se à paisagem, buscando evidenciar na arte recente os processos e a vitalidade das tradições por eles revelada. As proposições poéticas e seus desdobramentos são apresentados partindo da rotina do trabalhador artista estimulado a investigar seu entorno e seu ofício, numa ação constante e sempre consciente, mescla de desejo, veículo de expressão e estado de alerta. A atenção à paisagem sempre esteve presente na história da arte, embora, enquanto gênero histórico, apenas tardiamente tenha adquirido o interesse que a modernidade lhe conferiu. A inquietação impressionista, o realismo, e antes destes, toda pulsão romântica, encontram eco no princípio da criação artística enquanto processo de consciência profunda entre o sujeito e a realidade objetiva que o cerca. Essa postura de investigação, não raro culmina na apreensão dos objetos em suas qualidades, características mais ou menos evidentes ou diretas, que se amplificam e se reconstroem pelo olhar atento do criador, que toma o real pelas mãos para transformá-lo. Para além do gênero, essa busca pela paisagem é uma postura crítica e intelectiva diante do mundo. É partindo dessa compreensão que se reúnem os artistas desse projeto. Para eles, a observação criteriosa do entorno, a realidade em sua complexidade, transparecem no fazer arte numa relação visceral com as linguagens que lhes dão corpo. O fazer desenha uma ação crítica contínua de aproximação e construção do real por meio da arte e em seu interior. Tomar a vida como ideia, por meio da qual dispositivos poéticos e de trabalho são acionados, culminando

na criação, é a proposta.
Nilson Sato desenvolve uma investigação de certa ideia de cidade, e da crise que isso representa. Em seus trabalhos a urbe se apresenta como ausência; na falta dos equipamentos que lhe caracterizam, na solidão de seus personagens e nas composições que fragmentam 
o sujeito, seja pelo vazio de seus rostos, ou por seus olhares nulos. São composições que nos dizem do anonimato e da solidão surgidos da massificação dos padrões de comportamento e consumo, da paradoxal busca de identidade que resiste a esse alheamento. A cidade deixa de ser a residência do cidadão e se torna o espaço do consumidor, esse sujeito vazio e sem identidade. Nessa pintura, a pincelada e o gesto que lhe constrói estão apagados, interditando ao nosso olhar o processo da sua manufatura. Há nas imagens certa assepsia, esterilidade, em consonância com estes isolamentos urbanos que nos são estranhamente familiares e falam de nosso mal estar constante.
 

Texto do Núcleo da Imagem e da Palavra e Claudinei Roberto para a Exposição RISCO#2  Paisagem [exp. coletiva] | 30 de agosto a 02 de dezembro de 2012





Dois Explícitos

 

O mundo subjetivado. Para os artistas Claudio Matsuno e Nilson Sato o mundo é um objeto de apropriação continuada pelo individuo que deve ser compreendido nesse movimento de existir fora e dentro de cada um ao mesmo tempo. Se, ao apresentar esse tema, Matsuno constrói sua obra pela desordem e acumulação volátil e incontrolável, Sato por sua vez propõe vermos o mundo através da lente objetiva de uma câmera fotográfica re-interpretada em um desenho de um preciosismo tal que poucos ainda hoje apresentam. Diferença básica entre os artistas que acaba por separá-los, mas não completamente, o erro é um elemento ativador em suas obras. Para Claudio Matsuno ele é parte integrante de seu desenho. O erro da imagem que não torna o mundo uma abstração e tampouco figura uma narrativa qualquer é um elemento central na obra desse artista, em oposição a Nilson Sato que fala textualmente a não pertinência desse mesmo procedimento em sua produção.
Cláudio Matsuno excita e satura com sua instalação site-specific o órgão humano do olhar. Para construir, com pequenos detalhes, jogos imagéticos e verbais ampliando o “espectro” 
[da história da arte] coberto por sua obra. Matsuno trança uma teia que, cada vez mais, enrola o observador, que antes estava apartado daquele trabalho, para, a partir de agora, se verá entrelaçado em suas imagens, seus signos e suas narrativas quase oníricas criadas exatamente pela subjetivação do mundo.
Por sua vez Nilson Sato propõe que olhemos uma tela fotográfica e uma tela vazia. Para um olhar desatento essa afirmação seria verdadeira, mas ao pararmos diante desses quadros surgem as questões: Mas como pode uma tela desenhada pela mão de um homem ser fotográfica? E aquela outra está mesmo vazia? A sensação de uma cor preenche a tela vazia? A expressão de uma sensação, um sentimento até, por um método que não deixa a marca da pincelada impedem que aquilo seja a pura e simples reprodução fotográfica. O que Sato estará fazendo então? Parece-me que ele está a conciliar a questão da pintura com a da fotografia, 
a pergunta clássica de: o que é mais real? Qual desses processos é uma verdade maior?

Sato parece responder: Nenhuma. Nada é mais real, nenhuma é uma verdade maior. Porque a verdade é subjetiva. Assim Nilson Sato e Claudio Matsuno formam Dois Explícitos uma exposição que trabalha métodos muito distantes de se indagar uma mesma questão: estará o mundo dentro do homem e subjugado à razão ou estaria o homem dentro do mundo e, por sua vez, subjugado ao caos, tentando dar sentido a uma sobreposição aleatória de fatos que não necessariamente mantém uma relação de sentido entre si? Como se suas imagens fossem duas pontas de uma linha que, no infinito, se encontram para formar o circulo que originalmente projetaram.
 

Texto de Paulo Gallina para a Exposição Dois Explícitos [individuais simultâneas]

24 de setembro a 30 de outubro de 2010





Sobre_tudo

 

Este, o mundo que habitamos, é um mundo de formas. Não de linhas, não de planos, não

de massas, não de volumes: de formas. O que não tem forma não pertence ao mundo, pertence ao homem. Idéias, conceitos e sentimentos para sair do homem e tornar-se mundo se conformam, mesmo que não completamente, em palavras, imagens, cheiros etc. A forma é então a linguagem universal do mundo, compreendendo o mundo até aqui tão citado como o universo sensível. Como toda linguagem ela, a forma, encontra suas limitações pois pode compreender linhas, planos, massas, volumes e cores em si porém dificilmente elas abarcarão em sua plenitude idéias conceitos e sentimentos. É por isso talvez que não consigamos definir o que é o amor, a tristeza ou a saudade plenamente. Pode-se argumentar contrariamente que poetas, pintores, apaixonados e teóricos conseguem satisfatoriamente circunscrever formalmente esse universo do homem. Eu, de minha parte, penso que não: o que esses Homens fazem é, como entendo, distender a linguagem formal de tal maneira que para seu leitor o assunto tratado será criado nesse mesmo espectador: assim a idéia, o conceito ou sentimento a que se referia torna-se idéia, conceito ou sentimento do leitor. Não há definição formal, há criação informal interna e portanto subjetiva.
Nilson Sato parece discordar de mim. Seu argumento pode ser visto na exposição SOBRE TUDO situada no atelier OÇO no bairro da Liberdade em São Paulo. Ciente do problema limitador de o mundo formal ser uma linguagem o artista subtrai, compõe, altera ou deforma suas imagens numa tentativa, nada vã, de trabalhar o inconformavel com suas pinturas. É um processo bastante refinado o que ele toma para si: unir dois mundos dispares sem traduzir 
um no outro. Uma empreitada pretensiosa e arriscada executada com maestria. Linguagem é linguagem por que comunica e é imperfeita porque acontece entre duas pessoas diferentes. A obra de Sato não pretende comunicar apenas, tampouco pretende criar em quem a vê algo e ainda assim cria e comunica. Num primeiro momento não se sabe ao certo o que está sendo comunicado então, em processo tão bem explicado pela psicanálise, projetamo-nos dentro da obra. A seguir, quando hipnotizado pelo espelho Narciso não consegue parar de se olhar, notamos que não somos apenas nós que ali nos encontramos. As linhas não estão, os planos, mesmos os mais simples como panos de fundo e primeiro plano, foram subtraídos, as massas mal aparecem, os volumes são evanescentes e ainda assim aquela forma é completa. Completa não apenas pelas linhas mentais que traçamos ou pelos planos infinitos que projetamos, mas completas por serem pessoas com olhares e caminhos que não sabemos mas desconfiamos para onde seguem. Nilson Sato não está falando de humanismo algum com sua obra, não fala de humanidade com suas manchas que se conformam em pessoas. Esse artista nipo-brasileiro fala do mundo, sensível e dos homens, sem chegar a julgamento algum, pontuando o que há de entrelaçamento e ponto de encontro onde não se imaginava existir.

1. É preciso se entender que lemos todo o mundo a todo momento.
2. É necessário compreendermos, antes de prosseguir que o mundo das formas e o mundo

do homem se co-habitam: não sendo excludentes um do outro, ainda que diferentes entre si. Uma cadeira pode habitar primeiro o mundo do homem, sendo assim idéia de objeto para se sentar sobre, e a seguir habitando o mundo; ou em ordem inversa, para outra pessoa, ela pode primeiro ser objeto sobre o qual se senta e depois objeto sentido ou pensado por quem senta. Independente da ordem a partir do momento em que se tem contato com a cadeira ela imediatamente co-existe nesses dois mundos: o mundo sensível e o mundo do homem.
. Em seu sentido latu: aquilo que não pode ser transformado em forma.
. Por mais parecidas que duas pessoas possam ser fisicamente, mesmo sendo irmãs, elas

têm compreensões diferentes do mundo simplesmente pelo fato de não habitarem o mesmo corpo e terem as mesmas sensações ao mesmo tempo.
 

Texto de Paulo Gallina para a Exposição Sobre_tudo [exp. individual]

15 de maio a 13 de junho de 2010

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